Poema da Afemia

Pousa a ponta da pena no branco papel
Liso, vazio como o espaço do principio da criação
que inerte esperava para ser a cama de uma grande explosão

Pressiona a ponta da pena no branco papel
De um ponto marcado uma palavra sem sentido
Que sentindo a tudo traria... De tristeza, de guerra ou de paz
Seria uma primeira palavra de alegria?

Não, seria de ego, sim da vaidade um apogeu...
O poema começaria com a palavra “Eu”
Como desenhar em poesia um vazio repleto de tudo?

O que dirá o poeta?
Uma lagrima que ninguém espera
Cai de seus olhos borrando sua vaidade
O poema agora era de verdade

Descreveu a alma com perfeição
Uma folha branca manchada por um borrão
Uma lágrima que nada diz para quem ler poemas
mas tudo contou para quem tremulo segurava a pena...

E esse foi o seu mais lindo escrito
O dia que nada para o papel foi dito
O dia que a palavra se calou e o poeta chorou!

 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 18/07/2014
Reeditado em 18/08/2014
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