SILÊNCIO

Imóvel figura no sem termo da estrada,
A desilusão comanda a sua vida,
Habita no porão da alma fragmentada,
Deixa a figura com um olhar de vencida.

Reconhece, é urgente a necessidade,
De prosseguir... de romper em utopia,
Ter parceria com os lampejos de felicidade.

Porém, não há nada que enleve a alma pacata,
A desilusão continua a reinar, a dar as cartas.

A silenciar os seus frágeis passos na travessia.


- - - - - - - - - -

INDECISÃO

 Faz tempo, eu reconheço,
indecisão é meu nome,
uma espécie de adereço,
que me tolhe, me consome.

 Quisera ser destemida,
valente, não temer nada...
Mas tenho medo da vida.

 Tão difícil a travessia,
parece até bruxaria...

 Sinto a alma acorrentada.

(HLuna)