Lembrança morta

Tal como Byron vivi, amei, bebi;

Embalde agora carrego meu fim –

Morri.

Mas o derradeiro gole, p’ra mim

A vida a existência recusa – ela

Sorri.

Ah! foste demasiado bela

Outrora, e agora assolas-me assim!

Sedento de ti, o veneno sorvi;

Viver um último átimo... oh, sim!

Não! pois eu bebi a vida, e morri!

E ela, meu Deus! ela não para

De rir!

28/03/14