Sonho bom
Aquele corpo desolado
Pela ausência do teu
Solitário, angustiado
Só, no silêncio da noite
Na quimera de um afago
Que não vem...
Aquele corpo saliente
Clamando por tocar-te
Febril e indecente
Dedos, a acariciar-te
Em brasas, inclemente,
Mas não vens...
Aquele corpo arquejante
Bem junto ao teu
Aos prazeres, arfante
Somando e dividindo
Mas, ah! Só num sonho
Do qual acorda sorrindo.