Castelos de areia (Rei II).
Nas vazias noites de desespero,
Mesmo reis sentem-se perdidos,
Escuras com suas inaudíveis melodias,
Evocando em suas velhas memórias,
Lembranças de seus castelos de areia,
Ao que construíram tristemente
A assistir o tempo soprá-los para longe.
O lugar onde sonhos e promessas morrem,
Despedaçados sob o oceano de estrelas,
Suas coroas se tornam pó como seu reinado,
A sua companhia apenas a raiva e a depressão
Aconselhando a adentrar a loucura.
Sem descanso, sem coração, nada sobra,
Soprando em seus ouvidos, solus in solitudine,
O deserto que começa no escuro,
Oferecendo-lhe a miragem da felicidade e paixão,
Dando-lhe por fim, o que realmente há.