Castelos de areia (Rei II).

Nas vazias noites de desespero,

Mesmo reis sentem-se perdidos,

Escuras com suas inaudíveis melodias,

Evocando em suas velhas memórias,

Lembranças de seus castelos de areia,

Ao que construíram tristemente

A assistir o tempo soprá-los para longe.

O lugar onde sonhos e promessas morrem,

Despedaçados sob o oceano de estrelas,

Suas coroas se tornam pó como seu reinado,

A sua companhia apenas a raiva e a depressão

Aconselhando a adentrar a loucura.

Sem descanso, sem coração, nada sobra,

Soprando em seus ouvidos, solus in solitudine,

O deserto que começa no escuro,

Oferecendo-lhe a miragem da felicidade e paixão,

Dando-lhe por fim, o que realmente há.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 03/01/2014
Reeditado em 16/04/2014
Código do texto: T4635549
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