DISTANTE DOS SONHOS

Sentado no banco da praça,
Entre pombos e pardais,
O olhar embaça,
A solidão enlaça,
A alma se sente descartada,
Distante demais,
Dos sonhos de cada alvorada.
Vencido pelo desolamento,
Perdido entre as dobras,
Do pensamento,
Sobrevivendo de sobras,
Das lembranças,
Sabendo que o tempo é carrasco,
Que ele não passa,
De um velho barco,
Esquecido em algum lugar,
Deseja as ondas do mar,
Mas, não alcança.
Pálidos sentimentos,
Vento de certeza,
A morte virá,
Sobre a vida indefesa,
E em breve ele cairá,
No esquecimento.


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Mas em Deus eu confio,
Ele é meu porto seguro, meu alento,
com Fé não há tormento!
Quando meu barco partir,
outra vida há de vir!
O barco vai desaparecendo no infinito,
ouvem-se choros, gritos,
mas do lado de lá é festa,
nova vida que começa!

(Esther Ribeiro Gomes)



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RENOVAÇÃO

Meu amigo se levante
Pois a tristeza que sente
Só lhe causa extrema dor

Leve sua vida adiante
Procure a paz que somente
Pode lhe dar um amor...

Procure, no amor, alentos

Entregue a tristeza aos ventos...


(ÂNGELA FARIA DE PAULA  LIMA)