Proselitismo passional.
Cânhamos anestésicos, paralisantes,
Porropsia manifesta num retrovisor.
Debilitantes acontecimentos denunciam
O triunfar do indesejável desamor.
Cicuta abreviadora de amores,
Corpo estranho que emperra a engrenagem do motor.
Informação de “bem ali” de um mineiro,
Sobe morro, desce morro, só se chega de trator.
E no fundo tudo, tudo é tão frustrante,
Desestimulante que garante a alucinante dor.
E por fim se chega a um fim tão entediante,
Que não é enfim o fim
Que o meu coração amante,
Já agonizante, tanto desejou pra mim.
E lá se vai meu coração ficando pequenino
Adeus de menino,
Pelo espelho mentiroso e fino
Daquele tíbio e retrógrado retrovisor!
Que na distância faz sumir tudo pra sempre,
Exceto o intenso e imenso indestrutível amor.