MEU FADO...!
meu fado (Destino)...!
minha música do silêncio calado...!
meu orvalho em cada manhã vai sangrando...!
o vazio da minha alma,
já não respira poesia...!
misturei o teu sôfrego com a magia...!
hoje eu vejo a tua flor lacrimejar...!
hoje, eu te vejo a sangrar...!
em pautas longas eu te vejo cantar...!
tuas vertentes desaguando em Douro...!
matando-me naquele matadouro...!
do vento levei desaforo...!
no teu coro, oh fado eu choro...!
meu rosto despedaçasse...!
me pinto na tela da solidão...!
meu coração deslaçasse...!
beijar-te oh linda flor já não vejo razão...!
em cada linha jaz a minha inspiração...!
bebi do doce, mas sinto o amargo...!
será que estou próximo do paraíso!?
nos teus braços já não sinto Afago...!
será o Armageddon!?
não tenho paz nem sossego...!
Nos teus lábios eu provo o perigo...!
o que foi que eu te fiz!?
separei-me de ti, oh minha alma gémea...!?
quebrei o pacto da lua...!
afastei-te das 7 cores...!
afastei-te dessa razão nua...!
quebrei o vaso das flores...!
das tuas lágrimas senti os olores...!
desculpa por essa penúria de sabores...!
mas cá dentro o interior chora...!
por isso vez o meu rosto frio agora...!
o que sentíamos nessa brisa foi-se embora...!
oh! meu amargo fado...!
estou morrendo ao vento, de instante a instante...!
mas ainda guardo no tempo, os bons momentos...!
A valsa do tempo...!
O nosso amor com uvas...!
Ai como eu já te tive quente...!
ainda guardo aqui dentro,
a fofoca estrelunar...!
os nossos olhares...!
a brisa dos mares..!
oh meu fado...!
ainda guardo no peito...!
do desejo da rua...!
o teu ser sensual..!
a tua homotetia...!
os teus beijos em fatia...!
amor e paixão,
das noites em verbos da ilusão...!
oh meu fado...!
Mas hoje tu tocas outras rotas...!
ao som da guitarra fugimos das notas...!
mas ainda guardo aqui dentro, aquela poesia morta...!
Adios...! Sayonora....!
au revoir...!Lebewohl...!
vale....!addio...!
totsiens...! Adeus...!