MEU SONO

Depois de tanto sucumbir aos moldes impostos por tuas mãos,

Acalentado por sua melodia,

Recolhido em meu leito, apenas aguardo o meu “sono”,

Que sinto aproximar-se.

Lágrimas agora não mais adiantarão,

Nem o meu nome chamado por tua voz,

Inda que pudesse, não quero voltar...

Não quero ser o pássaro aprisionado em sua gaiola de prata,

Tendo o sol por entre as grades,

E uma solidão que quase mata.

Fui livre e tu me tinhas,

Sou teu prisioneiro e agora apenas o céu me terá,

Pois a tristeza calou-me eternamente,

Tuas lágrimas não acordarão meu canto,

Nem tuas mãos mais moldarão meu manto.

Ora vejam, meu canto está de volta!!!

A gaiola se quebrou,

Foi o meu “sono” que chegou,

Em liberdade já estou.

Alçapões não mais poderão me prender,

Não precisarei mais da tua comida;

Viverei do meu canto perdido,

Pois perdi-me da vida.

Josegomes
Enviado por Josegomes em 09/12/2012
Código do texto: T4027944
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