O BEIJA-FLOR

SOU COMO UM BEIJA-FLOR, QUE CATIVADO NUM JARDIM EM BUSCA DE SUSTENTO,

DE FLOR EM FLOR, COLHO MEU ALIMENTO.

A CADA MANHA, COM ALEGRIA VOU SAUDAR;

A FLOR-MENINA, QUE O ORVALHO A FEZ DESABROCHAR.

MAS DE REPENTE, SINTO ALGO ESTRANHO ACONTECER;

AS FLORES ESTÃO SUMINDO, OS VENTOS AUMENTANDO...

EM INSTANTES VEJO O MEU JARDIM DESAPARECER.

ENTÃO OBRIGO-ME A DAR ASAS AO VENTO E VOAR;

MAS POREM EU PROMETO:

PÁSSARO ERRANTE HEI DE SER,

E POR MAIS JARDINS QUE EU VEJA,

JAMAIS IREI POUSAR;

VOAREI ONDE O VENTO ME LEVAR.

MAS SE O DESTINO PERMITIR,

E O VENTO ME PERGUNTASSE ONDE DESEJO SER LEVADO,

EU PEDIRIA QUE FOSSE AO MEU JARDIM QUERIDO,

NA ESPERANÇA DE NOVAMENTE VÊ-LO FLORIDO.

E SE ENTÃO FLORIDO ESTIVESSE,

MINHA PROMESSA QUEBRARIA;

E SEM MEDO DE ERRAR,

DE NOVO POUSARIA.

MAS SE O DESTINO NÃO ME PERMITISSE TAL ALEGRIA;

DE TRISTEZA COM CERTEZA MORRERIA.

E SE ALGUÉM, AO PASSAR SE PERGUNTADO O PORQUÊ,

O PORQUÊ DE TAMANHA TRISTEZA ONDE FORA UM DIA UM JARDIM?

SEM RESPOSTAS, COM CERTEZA CONSTRUIRÁ ALI,

UM NOVO JARDIM;

SEM SEQUER SABER QUE O HAVIA CONSTRUÍDO SOBRE OS RESTOS DE MIM.

Josegomes
Enviado por Josegomes em 16/11/2012
Código do texto: T3989540
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