A orla e as palmeiras.

Na orla bem na beira, dormindo com a sujeira,

com a barba por fazer; Num contraste tão gritante...

do verde dos coqueirais;

Dos passaros em pios e gorgeios, refestela-se animais.

O mar que surra a areia, que lava...espuma e alveia;

Se ressente das feridas, dessa triste gente feia.

O sol tão claro aquece, da um ar de pureza e anil,

parece que não se esquece, que vergonha um povo vil.

Os pardais que em coro exalta, esta manhã primaveril,

olham...se espantam e protestam, não é justo e dá arrepio.

Entre as palmeiras frondosas, com tantas riquezas do mar,

varios mendigos na orla, os que não querem trabalhar.

Ao coro da musica em natura, em meio ao azul desse mar,

homens vencidos de vinho, querem a vergonha mostrar.

Em face a pureza do sol, querem convencer que não há;

Que não há alegria pra vida, que nós não devemos sonhar.

Como meninos carentes, daqueles que afrontam os pais,

assim são os velhos caquéticos, a afronta social à mostrar.

Vendo a saúde da brisa, da cura que o ar distribui,

alguns já expõe as feridas, com sua dor ele diz: Eu já fui;

É sadismo, desejo maroto, como arroto e mau cheiro também, masoquismo trazido do esgoto, seus parentes são outros também.

Tendo o cheiro suave das florês, assomado do jardim a cidade,

veio um bando fedido e puído, desleixar o olfato a maldade.

Há turistas tão entristecidos, esquecidos de olhar o que é bom,

só sentem a sujeira fundida, o animal que ao chão se prostrou.

Proibido sugerir o trabalho, tratamento fechado e fatal,

o argumento que impede a ação ?

O direito social cidadão !

Paranaguá é o espelho do porco, onde o morto quer vir habitar,

a sujeira da rua é tão tua, mas porque não podemos limpar;

Capitão da um jeito a essas feras, quais os elos que aqui os mantém, eu queria o trabalho a essa gente...descontente ?

Se ajunte a eles também !