INUTILIDADE

Um profundo silêncio na imensidão da noite.

O ouvido traz o barulho do tic tac do relógio.

As pessoas dormem, a rua já dormiu também.

As janelas não se espiam,os carros já não andam.

No jardim as sementes crescem sob o calor do dia.

Ali,sentada ela continua ouvindo nada.

Quanta indiferança no brilho das estrelas,

Quanta ofuscação na majestade do luar,

Quanta escuridão no céu azul!

Oh! que noite sem cura,sem vento,sem ar.

Seus pensamentos voam buscando entender

O que não consegue sentir,o que não consegue escutar.

Suas noites são todas assim:

Sem céu, sem cor ,sem estrelas

Sem poesia,sem métrica,sem rima

Sem madrugada para sonhar.

Sua poesia já nasceu sem ritmo

Seus versos de tristeza foram cortados.

Seu dia não existiu para acordar.

Mariluz
Enviado por Mariluz em 03/06/2012
Reeditado em 03/06/2012
Código do texto: T3703501
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