AGONIA

Vago... rasgo o mundo em agonia,
Exumo a alma em rota poesia.

Me perco no ponto cego da imprevisão,
No grito que ecoa pela vastidão.

Sem me encontrar, me esqueço,
Deliro, suspiro, viro o ego ao avesso.

E nada traz paz, faz um rudimento,
Nesse tempo obliquo - cinzento.


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ESCURO


 Céu tão escuro e cinzento
me envolve, me comove,
eu tremo - sou friorento.

Não tiro a prova dos nove,
deixo vago o pensamento
e colho o poema que chove.

 Na imprevisão me seguro.

 À frente só vejo um muro.

(HLuna)