Não é preciso estar só para sentir... Solidão.

Niilista demais

Estou, sou e me sinto só

Ainda que cercada de gente por todos os lados

Não passo de uma ilha.

Gostaria de ter algumas verdades

Mas hoje me sinto ignorante sobre tudo.

Onde está a verdadeira poesia das coisas

Lá está minha alma

Dilacerada em versos metrificados

Presos por decassílabos malditos

Que se transformaram em grilhões.

Solitária, a canção não é mais ouvida

Ausente, o coração não é mais sentido

Imenso, o mundo me amedronta

Mas o perigo me instiga.

Isabel Cristina Oller
Enviado por Isabel Cristina Oller em 08/01/2012
Código do texto: T3429522
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