AS BESTAS ESTÃO SOLTAS


Ao correr meus olhos
Por aquele quarto gelado
Lembrei-me de um tempo
Em que éramos felizes!

Restam-me hoje, apenas muitas saudades
E uma vontade infinita de sentir de novo
O calor do teu corpo no meu abraço.

Bendito sois vós em minha vida!

Vejo-te ainda rebento
Eu, chorando de tanta alegria
Na magia do teu nascimento.

Bem diferente de um tempo recente (Bala perdida)
Onde a cena manchada de sangue
Que por assim agora, invade meu pensamento...

Vejo-te tão jovem, menino ainda, dilacerado o ventre
Indo embora assustado no choro de meu lamento
Em tê-lo perdido para sempre.

Dedico o texto aos Pais das onze crianças assassinadas hoje
em uma Escola Pública da zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, tentando
expressar um pouco da dor que estão sentindo nesse momento.


Às crianças!
Na certeza que Deus os receberá com mesma ternura que recebe todos os anjos.


Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 07/04/2011
Reeditado em 07/04/2011
Código do texto: T2894931
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