acidente do poeta Biu Salvino

28 DO 11 MÊS RESCENTE

QUANDO EU VINHA DE UMA VAQUEJADA

MAIS AO MENOS AS TRÊS DA MADRUGADA

AO PASSAR POR UM CARRO INCONSCIENTE

NUM IMPACTO TERRIVEL INFELIZMENTE

VI O BRILHO DA VIDA SE SUMIR

EU FIQUEI SEM FALAR E SEM OUVIR

COMO UM TRAPO JOGADO PELO CHÃO

VI A MORTE PUXANDO A MINHA MÃO

E EU CHORANDO PEDINDO PRA NÃO IR

O MEU FILHO AO SABER DO OCORRIDO

LOGO ASSIM QUE O DIA AMANHECIA

LEVANTOSSE DA REDE QUE DORMIA

E FOI ATÉ AO LOCAL DO ACONTECIDO

TRANSTORNADO CARENTE E COMOVIDO

SEM ACHAR UM CAMINHO PRA SEGUIR

QUE O FILHO SEM PAI PRA DIRIGIR

NÃO ENCONTRA NENHUMA DIREÇÃO

VI A MORTE PUXANDO A MINHA MÃO

E EU CHORANDO PEDINDO PRA NÃO IR

INTERNADO AMARRADO NUMA CAMA

FIQUEI TRISTE AO SABER NO HOSPITAL

QUE EM CASA AFAMILIA PASSOU MAL

MEUS IRMÃOS E A TIA QUE ME AMA

O MEU NETO CHOROU SENTINDO O DRAMA

SEM PUDER RESOLVER NEM DECIDIR

MINHA FILHA CHORAVA SEM DORMIR

E MAMAE SE VALEU DA ORAÇÃO

VI AMORTE PUXANDO EM MINHA MÃO

E EU CHORANDO PEDINDO PRA NÃO IR

NUMA SALA TRANCADA E SEM SAÍDA

INTERNADO AMARRADO NUMA CAMA

FIQUEI TRISTE AO SABER NO HOSPITAL

QUE EM CASA AFAMILIA PASSOU MAL

MEUS IRMÃOS E A TIA QUE ME AMA

O MEU NETO CHOROU SENTINDO O DRAMA

SEM PUDER RESOLVER NEM DECIDIR

MINHA FILHA CHORAVA SEM DORMIR

E MAMAE SE VALEU DA ORAÇÃO

VI AMORTE PUXANDO EM MINHA MÃO

E EU CHORANDO PEDINDO PRA NÃO IR