E o rio corre para o mar
“ E o rio corre para o mar”
A água desce morro abaixo
Segue o destino a ela destinado
Mas encontra casas pelo caminho
Os imóveis são então inundados.
Pessoas perdem seus bens
Estes com muito sacrifício comprados.
As cidades ficam em alerta
O medo domina a população
E ainda há pessoas cruéis que se dizem espertas
Que saqueiam o pouco que sobrou ao cidadão
Levam ainda mais a preciosa vida
Sem qualquer ato do coração.
Como podemos chamar tais indivíduos
Ou melhor, covarde e ladrão.
Comunidades inteiras são soterradas
Não escolheram tal cina cruel
A montanha chateada diz:
-Havia gente no meu caminho
Matar pessoas jamais quis.
Pontes vão abaixo
Os rios engolem cidadãos
Solicitam absolvição no tribunal da vida
Porque inocentes são
Pelo homem a ponte foi construída
E o rio nasceu por benção da criação
infelizmente haviam pessoas nos seus caminhos.
E as cidades grandes
Quanta inundação
É falha do Estado?
Ou culpa da população?
Alguém fechou o curso dos rios
Impedindo sua costumeira vazão
Mas ainda taparam os ralos
Com lixo de montão.
Mas diante de tanta desgraça
É momento de providências e reflexão
Deve-se tirar as casas do rumo das águas
Deixar os rios correr sem interrupção
Abrir as comportas das represas antes das chuvas
Para evitar tanto prejuízo à população.