VOCÊ EXISTE?

Eu te amei de verdade,

Quando meu coração batia forte,

Quando meus olhos brilhavam intensamente,

Quando meu sorriso era verdadeiro.

Eu te amei de verdade,

Quando teus sonhos eram radiantes,

Quando, mesmo longe, sentia tua presença,

Quando eu ainda era teu pensamento constante.

Eu te amei de verdade,

Nas madrugadas de conversas sem fim,

Te amei ao conhecer teus medos,

E ainda mais quando sorrias feliz.

Você foi o amor da minha existência,

Mas um dia adormeci,

E ao despertar, você havia partido,

E tudo entre nós tinha desaparecido,

E eu sofria por lembrar.

Talvez tenha amado com toda a minha alma,

Alguém que não existia,

Alguém que criei em minha mente.

Mas será que tudo foi apenas um sonho,

Uma ilusão tecida pelo meu coração?

Ou será que amei com tamanha intensidade,

Que apaguei da memória a realidade cruel?

Meus pensamentos se afogam em dúvidas,

Em um mar de questionamentos sem fim.

Talvez eu tenha amado um fantasma,

Uma miragem forjada por mim.

No vazio que ficou, busquei respostas,

Nas sombras dos nossos dias felizes,

Mas só encontrei lágrimas e solidão,

A dor de uma história que se desfez,

O sofrimento por um tempo que não houve,

Ou não volta mais.

Então, resta-me agora este lamento,

Esta confissão de um coração ferido,

Que amou com intensidade e verdade,

E agora chora e se perde na ausência de teu coração,

Na presença da solidão,

Por não conseguir se livrar dessa ilusão.

Porque eu te amei de verdade,

E ainda lembro de tudo,

Tudo que não aconteceu,

Tudo que inventei,

Por ter imaginado você em cada madrugada fria.