Um xodó com as noites de sábado
Não é por sair, porque eu quase nunca saio
Nem porque o outro dia vai ser domingo
É porque eu me lembro de quando o meu pai era vivo
Quando ficava na janela ou separando os feijões na mesa da cozinha...
E tem vezes que eu fico vendo as nuvens escuras às sete da noite, na mesma janela
E eu me lembro dele, em sua rotina, sozinho com os seus pensamentos
Como, hoje, eu fico com os meus
Sempre introspectivo
Pensando na sua ausência
Mais com carinho
Quando não estou com raiva de suas incoerências
Pensando e sentindo, como o seu "eterno" filho