O breve eterno
Saudade é uma incógnita ruminante
que salga meus olhos diariamente
e lentamente adoça a fantasia.
É um nado contra a maré fria
Em busca de um sorriso muito preciso
o qual já abrasa só de idealizado.
Saudade são daquelas infinitas ou efêmeras
e não importando se é perpétua ou breve
sempre suplica como se fossem eternos
os pretéritos que se visam no amanhã.
Ela é - neste caso - uma expectativa.
Um potencial flerte que se achega,
tão distante das vistas que desespera
e próxima de tal forma que contenta.
Ela é - quando fugaz - contabilidade inversa
de segundos - por sorte - incontíveis
em que se somam as unidades de tempo
e se subtraem milímetros de espaço.