ATÉ TRANSBORDAR O MAR

O Silêncio dos meus pensamentos inquietantes

Gritam em minhas sinapses

Em megahertz descontrolados

Enquanto a saudade esmaga

meu peito sombrio

O coração, ah! Este vai erodindo pelo caminho

As flores da primavera não suavizam dor voraz e latejante

Ah! quem dera que os perfumes múltiplos da primavera pudessem se esconder nas minhas narinas

E nas horas sombrias amenizar dor lancinante

Ainda resta a insônia de noites sem fim

Que meu travesseiro é testemunha ocular

A frieza dos ventos invernais

A poeira de diamantes de yellowstone

Que cortam minhas entranhas

Meu rosto nu em trajetória elíptica

Tentado fingir, não sentir sentimentos inevitavelmente peculiares

Estou preso a isso, como a calda ao meteoro em sua trajetória pela vastidão sideral

A singularidade do momento demanda tal demência oportuna

Continuo seguindo em frente, pois assim é a natureza das coisas desnaturais

Com brutalidade brutal sou projetado

Meus passos cambaleiam diante do abismo absolutamente abissal

Aprisionado, acorrentado e amordaçado

Uma espécie de execução de pena capital em plena vida

Escuridão em pleno sol do meio dia

Então, resta-me despertar ao amanhecer.

E diante de ausência prematura

Olhar o mar e suas procelas

Mergulhar em horizonte distante

Esvaziar-me em lágrimas

Até transbordar o mar.

jjjjay
Enviado por jjjjay em 13/11/2021
Reeditado em 18/11/2021
Código do texto: T7384512
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.