CORTINAS QUE SE FECHAM

CORTINAS QUE SE FECHAM

As cortinas do palco estão fechando

Mas ainda ficaram alguns resquícios

Do tempo que depressa foi passando

Igual desenhos que parecem fictícios

Aquele sinistro muro alto era o limite

Entre mundo real e a fantasia infantil

O medo do misterioso fazia o convite

Para vencer e conquistar força juvenil

Precisa-se paixão de vez em quando

Para poder seguir em frente confiante

Mesmo quando o vento ficar soprando

E levar o que se quer pra tão distante

A luz do sol nunca tarda em aparecer

Deixando pra trás a noite fria e escura

Então as cortinas vão permitir entrever

As memórias de uma grande aventura

Marco Antônio Abreu Florentino

Poema dedicado ao meu irmão e amigo Antônio Amadeu Florentino Junior (Pateu).

Tive e tenho poucos amigos, incluindo meu falecido pai, meu melhor amigo, contudo, meu irmão é o único que vivenciou todos os momentos da minha existência... e eu da dele, desde o nascimento até nossa juventude, quando os ventos da vida levaram-no para distante. Sei que é só distancia física, pois espiritualmente sempre estivemos juntos.

Fatos marcantes da nossa infância, como os muros que nos causavam medo... os do exército e quintal de casa na Vila América (Curitiba), o do educandário na vila militar, os dos colégios que estudamos, incluindo os Colégios: Estadual América e Estadual do Paraná, além do Colégio Militar de Manaus (onde ele estudou). E tantos outros muros que encontramos como obstáculos no decorrer da nossa aventura existencial.

Também nossa inserção à vida adulta, com suas contradições, dúvidas e paixões.Servíamos de apoio um ao outro... e continuamos assim.

Obrigado meu querido irmão... vida longa e feliz para você e sua amada família.

https://youtu.be/hnrMnG97P3U

(Elton John - We All Fall In Love Sometimes + Curtains)