SOLIDÃO QUE APAVORA

Nesses dias, quando a solidão

É profunda, olhando

Pela janela do tempo,

Ver-se um farrapo

De homem, um fantoche

Que a solidão apavora.

Um fantasma

Que vive perambulando

Com medo da própria sombra

Que se perde

No labirinto da saudade:

Um vulto perdido

Entre o passado e o presente,

Aprisionado no castelo

Da solidão que o apavora.