Tempo

Te amo como se ama em plena mocidade
E tanto te amo que sobeja a ansiedade
De ter-te o mais breve possível, tempo devagar
Que não se apressa quando mais te quero amar

E tudo isso é tanta verdade
Que acho que o tempo prega a maldade
De teimar em não passar, ir bem devagar
De passar por mim fazendo um gracejar

Eu e o tempo não temos uma grande amizade
Quando ele me oferece somente de ti a saudade
Porque ele sabe que nessa vida de longo navegar
Não me restou mais nada além de te amar

E vou passando junto com o tempo, mas eu a correr
E ele, zombeteiramente, fingindo nem ver
Sorri a mim com escárnio de quem é dono do tempo
Quando ele bem sabe das minhas agruras e tormento

Ah tempo, por favor, te apresse a passar
Porque o meu amor está a me esperar
Em uma estrada linda e florida
Onde entregamos o nosso amor pela nossa vida!
Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 03/05/2021
Reeditado em 23/05/2021
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