BANZO

Homenagem saudades de meu Pai

Remexer das águas,

Que correm contra o tempo,

Parecem visíveis nódoas,

Seu canto de pranto,

Quem pulsa o sente,

O coração não mente,

Parece ser algo tão normal,

Mas não, nem tão pouco natural,

Pois tem sabor nostálgico,

Por vezes tétrico,

Como definir esse banzo,

Dominante do o meu eu poético...

Adjetivá-lo-ei na margem do tempo,

Particípio do meu passado,

Mas muitas vezes imperativo,

Oculto entre as linhas,

Sentir o que nunca tive tão forte,

Corta, dilacera a vontade,

Por vezes disfarçada em ar de melancolia,

Causa mudez na alma,

Frieza no rosto, quando em excesso,

Virá o âmago ao avesso,

Deveras, traz imensas dores,

Deixando os dias sem cores,

Seja para onde fores,

Quando está surge,

Congela até mesmo a razão do existir,

E quando não a matamos, tudo se reduz

Quando se quer ficar,

Mas temos apenas que ir,

E as gotas salgadas cantam no olhar,

Morre-se lentamente, de minuto a minuto

E os ecos não transcendem os labirintos (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 03/10/2020
Código do texto: T7078786
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