Saudade coagulada

Toda embrenhada no ser

se arrasta pesada

entupindo tudo que é via

e veia

Vira veneno

e nada de ameno

se destaca

Só saudade subindo

morosa e inchada

me inflamando os caminhos

Sobe a esfera latente

esparramando lesões

e fragilizando tecidos

De repente, um silêncio de mar

me inunda as terminações

Não tem barreira

nem balde

que suporte o estrago

E explode

potente tromba d'agua

pra tudo que é lado.

Talita Fernanda Sereia
Enviado por Talita Fernanda Sereia em 31/01/2018
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