NO ENTARDECER
Saudade esparramada,
Na estranheza do ser,
Saudade do tudo, do nada,
Entrelaçada no entardecer.
Saudade habitual, pungente,
Ignora o termo piedade,
Decora o olhar reticente.
Que se perde com o sol que se põe,
Enquanto a brisa compõe,
Uma cantiga de solidariedade.
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HLuna
CONTEMPLAÇÃO
Vejo a tarde ir declinando,
enquanto o dia escurece,
depressa as aves em bando,
se recolhem e adormecem.
À beira do mar, na areia,
contemplo seu vai e vem,
maré baixa... maré cheia...
E sinto dentro de mim
uma espécie de "spleen".
Saudade, sei, do meu bem.