Fim de um poema...



Findara o poema,contudo,sentia,
Qu’as entrelinhas,indizíveis ditos,
Gritavam ,em meu Ser,versos aflitos!
Minh’alma se uniu à delicada poesia...

O poema,não mais dizia,calado ficou,
Mas,restava,silente,d’agonia no peito,
Qual leve ninho de passarinho desfeito,
Falava,apenas,do que fora e agora sou...

Reli o poema semi morto, insana procura...
Ouvi do silencio a voz, retumbante grito.
Ai!Qu’ alma do poeta era pura amargura!
Gritavam,pois,em meu Ser,versos aflitos!

Nas águas da ribeira uma folha sofrida...
Levada por marolas alegres,final destino,
Triste poema,vaga lembrança de menino.
Perdida poesia da historia de minha vida...