MINHA ÁUREA

Mãe, Como eu gostaria de poder te ver.

Como eu gostaria de abraçar você,

Olhar para você e poder lhe dizer:

Mãe, eu amo você.

Como eu gostaria de conversar,

Mesmo sem nada para lhe falar.

Só mesmo para lhe observar, admirar e curtir...

Gostaria de dizer-lhe tudo... Ou não dizer nada!

Como quando se fica sem voz, engasgado com coisa alguma, com a garganta fechada sem nada nela.

Quem sabe contar historinhas, falar de mim,

E falar com a Senhora e sobre a Senhora.

Mãe, quantas vezes tenho me sinto sozinho

Sem aquele calor do teu peito só para me encostar

Sem o seu colo para sorrir ou chorar.

Quantas vezes lembro-me da Senhora,

E não posso pedir a sua bênção.

Quantas vezes sinto saudade dos teus abraços,

Dos teus conselhos e do teu jeito de cuidar de mim.

Quando vou dormir, sinto saudade do seu cobertor

Para me cobrir, e sentir o seu cheiro.

Mãe, a Senhora não sabe quanta vontade eu tenho de voltar a ser criança, para não sair de perto da senhora.

Para me proteger e sonhar com a senhora.

Mãe, a Criação de Deus, única e insubstituível para qualquer filho.

Mãe, de qualquer lugar que possa me ouvir, quero lhe dizer que continuo a te amar e assim irei amá-la sempre por toda a minha vida.

Mãe, mamãe, mãezinha, mãinha, minha mãe...

Minha rainha, minha baixinha, minha fofinha,

Minha gordinha... Minha heroína,

Mulher do lar, mulher da luta, mulher da lida,

mulher da vida, mulher que dá a sua própria vida para trazer novas vidas ao mundo.

Descansa mãezinha, junto ao nosso Deus!

Um dia na presença do Pai, nos reencontraremos de novo.

Se você ainda tem sua mãe por perto, não deixe essas pequenas coisas passarem assim do nada...

Aproveite para que quando ela não estiver mais aqui, você possa pelo menos saber que aproveitou tudo o quanto podia, que o amor dado a você não foi disperso.

Que Deus todo poderoso e misericordioso, derrame todas as bênçãos a todas as mães do mundo inteiro.

Aqui, soluço a dor da saudade que sobe do coração que me deste, e já na boca tremula para prendê-lo, este sobe para meus olhos e saem em lagrimas, lagrimas que quase materializam teu semblante diante de mim.

Mesmo que queira parar ou mesmo enganá-las, não consigo ser mais rápido do que elas saem, como para dar mais espaço para ficares dentro de mim, e ter a liberdade que não te dei aqui dentro.

O Senhor Nosso Deus determinou que eu fosse orfanado de tua presença e dos ensinamentos que ocorressem na sua velhice, sem tirar-me a oportunidade de poder também aprender como envelhecer acreditando que para o Criador, o chamamento nada mais é um encontro de idade igual à vivida por nós neste mundo de passagem.

Nunca pensei que pudesse sentir alegria na saudade,

Mas são saudades do deste só para mim,

Eu era o filho fruto daquela gestação,

Que nunca quiseste saber qual o sexo.

Eu era a tua surpresa no parto.

É por isso que a tua saudade é hoje minha alegria.

Obrigado Mão por teres me amado tanto,

E perdão pelas dores que te causei.

E estas que eram dores só tuas,

Hoje ao me lembrar tornaram-se dores minhas.

Dores e saudades no coração, que fizestes só para mim.

Irrigado pelo sangue que produziste para mim.

Neste corpo com o qual me apresentaste ao mundo.

Plasmado por ti sob as bênçãos de Deus criador.

E é a este mesmo Deus que agradeço a tudo,

E ao seu Filho Amado, Jesus Cristo, que mais uma vez,

Rogo para que estejas na paz Divina agora e sempre.

AMEM.

DOMINGOS INÁCIO.

DOMINGOS INÁCIO
Enviado por DOMINGOS INÁCIO em 07/09/2017
Reeditado em 11/07/2023
Código do texto: T6106935
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