PARAÍBA DO SUL
À beira do rio Paraíba do Sul,
Sob o céu sereno — véu de cor azul —
Com os olhos fixos no langor das águas turvas
Que espelhavam a minha própria escura morbidez,
Derramei as lágrimas que na alma chorosa restaram,
E com as águas langorosas do rio elas se misturaram
Lentamente, uma de cada vez,
Sumindo ao longe em suas curvas,
E como num passe de mágica,
Da primeira à última lágrima,
A nédia paz crescia por dentro,
Ocupando o lugar do lamento
E clareando a noite sombria das acamadas saudades
Que eu trazia no peito das desencontradas amizades.