REMINISCÊNCIAS
Na sala da velha morada
aonde reuniam todos,
com pintura já descascada
e piso roído pelos rodos.
Uma rede em diagonal
em frente a porta da sala,
por dar vista ao quintal
todos viviam a disputá-la.
Um riacho cristalino
descia os cais dos montes,
este passado de eu menino
revivo por alguns instantes.
já não existe o tanque d'água
onde patos nadavam durante o dia!
Mas, reminiscências sem mágoas
do meu passado de nostalgia.
O monjolo ficou pra trás,
desativou-se com os anos,
peixinhos não existem mais,
pois não podem nadar em canos.
na vereda já não existe araras
nem na capoeira o canto da perdiz
drenaram o brejo pra plantar braquiara
matando ali os buritis.