Noite de domingo

era noite de domingo

a lua cheia minguava

e o vinho doce amargava

prevendo um choro por vim

naquele dito domingo

tinha algo diferente

o olhar daquele gente

era frio e zombador

todo mundo que passava

olhando fazendo graça

e foi num banco de praça

que tudo se confirmou

era o fim daquele amor

o inicio de uma cachaça

uma revolta na praça

o medo da solidão

fez parar seu coração

por cinco segundos só

a saudade deu um nó

a lembrança fez parada

a barba ficou molhada

o olho raso ficou

era o fim daquele amor

separou pratos na mesa

e nem mesmo a natureza

colore o seco da dor

oque mais o revoltou

não foi ter perdido ela

mais assistido a novela

que aquele povo encenou

no primeiro bar que viu

recitou logo um poema

e a mesa ficou pequena

pra o tamanho do sofre

o coração por doer

era como um mar sem agua

e no peito tanta magua

dificil de descrever

e ninguem soube entender

quando ele se despediu

dos olhos saiu dois rio

da boca só o calar

como um vento a soprar

apenas pra fazer frio

Tony Aldair P. Silva

Tony Aldair
Enviado por Tony Aldair em 09/06/2017
Código do texto: T6023052
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