EM HORAS SILENCIOSAS

Em horas silenciosas

Sinto no mais profundo da alma

A presença das longínquas recordações,

Recordações essas que não canso de evocar.

Os seus ecos produzem nostalgias,

Ao mesmo tempo em que me fazem reviver

Os velhos sonhos envoltos

Pelas brumas das esperanças e das incertezas...

Em horas silenciosas

Posso sentir com imenso prazer

(E ao embalo das canções dos meus sonhos)

As chuvas cálidas das lembranças inesperadas;

Elas delicadamente lavam e refrigeram a alma

Com suas gotas que produzem

Uma combinação insólita de melancolia

Exultação, suspiros e saudades sem fim...

Nessas horas silenciosas

Manifesto a convicção de que sou uma alma

Solitária que divaga em meio a um colorido mosaico

De fotos esparsas, retratos, lágrimas, experiências

E memórias com suas promessas de glória.

Hoje penso, com a alma sensível de um poeta,

Que a maior alegria da vida

É também sonhar com o impossível...

Em horas silenciosas

Escrevo novas linhas de um doce poema

Pintado com as cores de reminiscências fulgurantes,

Reminiscências que também são coloridas

Com a força das minhas etéreas fantasias

Repletas de sentimentos contrastantes entre si.

Pois é nessas horas silenciosas em que me delicio

Com as fragrâncias de um tempo inesquecível...

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 13/04/2017
Reeditado em 04/05/2017
Código do texto: T5969694
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