TREM DA VIDA
Eu tenho medo:
Que o trem da minha vida
Não pare na estação das flores
Na pracinha do moço do realejo
Na porta do meu grupo escolar
No coreto em frente à matriz das quermesses
No chafariz onde eu bebia água límpida logo cedinho
Na velha casinha do inesquecível contador de histórias de “ Era uma vez”
Eu tenho medo:
Que o riacho que cortava a pequenina vila
Morra de sede e de solidão
Que a lua cheia se apaixone
E se esqueça de clarear minha alma
Eu tenho medo:
Que a poesia simples e bela
Não brote mais no coração do poeta
Eu tenho medo:
De não ouvir os acordes do violino
E não contemplar as estrelas
Que iluminavam os terreiros
Nas noites de São João!
Eu tenho medo...
Que o trem da minha vida
Não pare na estação das flores
Na pracinha do moço do realejo
Na porta do meu grupo escolar
No coreto em frente à matriz das quermesses
No chafariz onde eu bebia água límpida logo cedinho
Na velha casinha do inesquecível contador de histórias de “ Era uma vez”
Eu tenho medo:
Que o riacho que cortava a pequenina vila
Morra de sede e de solidão
Que a lua cheia se apaixone
E se esqueça de clarear minha alma
Eu tenho medo:
Que a poesia simples e bela
Não brote mais no coração do poeta
Eu tenho medo:
De não ouvir os acordes do violino
E não contemplar as estrelas
Que iluminavam os terreiros
Nas noites de São João!
Eu tenho medo...