Crepúsculo

E eram seus olhos de tal calmaria

Como manhãs de sol,iluminados

Não imaginei que ao navegá-los

Em que profundezas me abandonaria!

Soubesse num instante primeiro

Que era um refúgio insonte

Pousaria num leve e derradeiro

Ficar,na prisão desse horizonte!

E não mais voltaria

Dessa mansidão que me acolhia

No mormaço plácido que me adormecia...

Habitaria então nessa quietude onde jaz

A serenidade da grata luz de beleza costumaz

Na réstia única a acarinhar

O doce encontro do crepúsculo do seu olhar!

Leda Mara
Enviado por Leda Mara em 13/11/2016
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