Aparatação
Para onde vou , levo-o comigo.
Sou nascente, às vezes poente,
mas sol;
faz parte de mim.
Aqui de longe,
quando o silêncio se instaura,
consigo abrir a janela da memória,
e avisto a paisagem que é familiar.
Meu aguçado olfato
capta o eflúvio praiano.
Sinto a maresia que o vento leva ,
recordo-me do odor de minha infância.
Ouço o som do canto das ondas,
Propagado enquanto dançam:
migração de busca pelo calor,
que encontram ao abraçar a praia.
Então minha derme repousa,
em relaxante rede de algodão.
Assim resgato o que em mim é essencial,
no quintal de onde é minha casa.