Vermelhos

Era uma vez um balão.

Recheado de bilhetinhos na forma de corações vermelhos.

Que deixei ganhar o espaço, o azul do céu.

Entre nuvens brancas como a neve.

Não tiro os olhos deste balão.

Até transformar-se num pequeno grão junto ao horizonte.

Nunca mais em minhas mãos.

Para sempre longe dos olhos.

Como tantas coisas que o vento traz e leva.

E mesmo que não queiramos.

Continuará levando embora.