Lanterna da saudade

Ó saudade, que nesse meu peito nu ainda mora

Você já não traz consigo a mesma representação

Imagem infiel dos sonhos lindos que embarquei

Quimeras de anos dourados no teatro da ilusão

Mas o resgate do que foi bom, tanto que chorei

Caminhante desenho o meu próprio caminho

Muitas escolhas solitárias terei eu que realizar

No sombrio desatino trilharei sobre o espinho

Tudo há de passar, Sob a Luz não irei me perder

Com a Lanterna nas mãos, só flor hei de calcar

Olhando-te nos olhos frente a frente te inquiri

Qual é a razão dessa sôfrega judiação de dor?

Silenciosa uma só resposta sincera eu percebi

No palco já não sou platéia, agora sou um ator

Aprendi que neste peito sobra muito amor!

"Começar de novo e contar comigo/Vai valer a pena ter amanhecido/Ter me rebelado, ter me debatido/Ter me machucado, ter sobrevivido/Ter virado a mesa, ter me conhecido/Ter virado o barco, ter me socorrido (Ivan Lins).

Obrigado caríssima amiga e poeta CLE pela bela e generosa interação:

Da janela florida

Só via alguma lanternas que acendiam

Sobre o breu que ali se instalou

Meu coração já tão vazio

Por um minuto te buscou

Era um sonho de menina...

Com gosto e leve ardor

Em lapso de memória?

Senti que você me amou

Perdi toda razão

Dei vazão a ilusão

Dominar meu coração

Naquele sonho de amor

Onde a noite virou poesia

Mais meu sonho terminou

As lanternas se apagaram

Deixando sangrar meu corpo e minha alma

Um sonho lindo

Mas ainda inacabado.

James Assaf
Enviado por James Assaf em 23/06/2016
Reeditado em 05/07/2016
Código do texto: T5676573
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