Por que eu ainda te escrevo?
Porque esse teu silêncio nega e consente com o meu sussurro.
E essas preces são ao esmo, tortas e ainda pedem esmolas,
Migalhas de carinhos, de toques, paixão. Esmola de gente.
Então um olhar corta o silêncio, ainda breve como um murro.
E as palavras saem, assim, quase cuspidas. Elas se misturam,
E às vezes até viram poesias. As palavras são íntimas e mudas.
Será que elas viajam? Talvez por um canal invisível e poderoso
Então quando chegam estão em formato de letras e não param.
Porque não sabem o caminho de volta. Há de ser isso! Suponho.
Motivo esse pelo qual as palavras não voltam, nunca para mim!
Há mais cores naqueles olhos que eu pensava haver. Qual?
Branco, marrom, verde, mel, azul e quem sabe até amarelo.
Ontem tive um sonho...
Nele sua voz dizia: Está tudo bem!
04/01/2016 p.m d.e