Silêncios afônicos

Andando pelas ruas da imaginação em plena madrugada!

À procura de que? De algo que produzisse sons

Permeados de silêncios

Que simplesmente revelasse a tua presença!

As palavras emudeceram na tua epifania temporal!

A brisa suave levou para longe a tua fragrância inconfundível!

Deixando somente indícios do aroma!

Desencadeando um sentimento mórbido

E vontade de correr

Ao encontro do que restou do vento que nada mais me diz!

A nostalgia é violenta e dolorosa...

Tento sobreviver...

Na alternância dos dias e das noites...

Nos meus sonhos agendo um encontro...

E mesmo delirando continuo te amando...

A madrugada já vai adiantada e não tenho mais pressa...

Ando no meu mundo onírico...

Às vezes sem rumo...

Às vezes apenas vagueando...

Sons são emitidos que ninguém ouve...

E apenas continuo...

A escrever meu poema de amor fervilhado de nostalgia...

Revelando-te uma parte de mim...

Na penumbra do meu pensamento...

Mesmo áfono em meio ao som silêncio...

Continuarei à procura de sons que falam de amor!