NOSTALGIA

Nostalgia da alma,

Lembranças de um princípio

De não sei o que:

São peias silenciosas

Que não peiam!

O voo na viagem solitária do ser.

Acomodação da doce nave

No colchão macio sem sofrer.

Uma saudade distante

Mistério, o núcleo, o centro,

O antes e o depois:

Não sei o que.

A levitação sem rumo

Uma necessidade de comunicação:

Sem fome, sem medo, sem dor;

O estéril incólume sem corrupção,

Em que idioma?

Não sei o que!

Como uma bruma seca no mar encapelado,

Esvai:

Vista a distância em uma calmaria queixosa

Já na melancólica saudade,

Incógnita do mistério:

Quê mistério?

Não sei dizer!

Bhte: Atalir – 15/04/2013

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 02/10/2015
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