Tempo de Andorinhas

Que saudade do tempo de praias.

Do fundo em brisa,

Andorinha a passar.

Que falta da pesca,

do padre,

da terra.

Que em noites deveras

Me vira acordar...

Como quero nas águas caiçaras,

Bem eu quero me banhar,

E no vai e vem das proas,

Meu passado memorar.

Tirar estas roupas,

Vestir-me em solar,

Nestas ondas de sonhos,

Enfim mergulhar .

Rever na Matriz os velhos da infância

E do ninho que vim,

Encenar a criança...

Que falta da brisa,

da chuva,

da relva,

do vento,

do bonde,

Andorinha a passar...

Me tragas o tempo,

De encontro

O abraço,

Que solto em meu laço,

Se via lassar...

Que falta da pesca,

do padre,

da terra,

Que em noites deveras

Me vira acordar...

G Trindade
Enviado por G Trindade em 23/07/2015
Reeditado em 24/07/2015
Código do texto: T5321427
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