Emília
 

Branca é a flor da laranjeira,
Também o lírio dos campos. 
De lisos cabelos brancos,
Cobrindo a cabeça inteira,


A bater a branca nata
No pote de porcelana,
Ainda a vejo soberana
Com uma colher de prata.
 
Coquinho e uma face meiga,
Da cadeira de balanço
Olhava-me de relanço
Enquanto fazia manteiga.
 
Lembro-me dela com dó
Do tempo que vai distante,
Quando eu era só um infante
E tão linda a minha avó.


_______
 

N. do A. – Na ilustração, Tia Karen na Cadeira de Balanço de Edvard Munch (Noruega, 1863-1944).

João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 14/12/2014
Reeditado em 02/12/2021
Código do texto: T5068909
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.