A chuva vem como pingos de fadas

Em companhia da chuva caminhava
Não me assustavam os trovões e nem dos ventos suas lufadas...
marcha lenta, e cada pingo no chão parecia uma fada
Que se erguia do nada, rodopiava e logo sumia, misturava-se as águas...

Caminhava na companhia dessa saudade
por vezes ela tem nome e formas
mas é somente meu coração que não entende...
Olho para trás e vejo a tua saudade em meu rastro...
Mas quem és tu, uma luz distante em outro astro?

Me pego pensativo, na beira do abismo, culpado...
por não reter a nostalgia, por vê-la derrubar barricadas
invadir e destruir casas, inundar meus sonhos...

Triste a pensar me ponho...

O abismo é a beirada da rua
que molhada pela chuva reflete, fria e distante, a lua...
Talvez, seja saudade de mim, mas sou eu tão sem fim
que já não existo só aqui...

Eu sou o melhor que tenho
mas não me quero ver inteiro vivendo...
Então, a chuva se foi, e posso ver estrelas
Cintilantes, estáticas peregrinas...
Respiro e trago a luz dos olhos de tuas retinas
esmeraldino olhar, que prefiro brilhar em mim
Do que encontrar e te amar!
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 30/11/2014
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