Água

Nos tempos que não havia estrada

De Barreiras para Diogo Lopes,

Navegava-se por entre as gamboas

E se não tivesse embarcação

O caminho era a praia.

Podia-se andar seguramente

Nas marés vazantes a pé

Ou a cavalo naquela região.

Entre Barreiras e Diogo Lopes

É meia légua e não mais que isso.

Meia légua de tirar o fôlego de tão bonito.

Dunas e manguezais.

As dunas avançando sobre os manguezais

E uma estreita faixa de praia,

Em alguns lugares quase desaparecendo,

Pois a cada dia tudo vai modificando.

No caminho existe água

Jorrando Ponta de Pedra, água das dunas.

Era dali que até os sessenta

Os barcos apanhavam a água para matar

A sede do povo de Macau.

Era a melhor água da região dizia Seu Nininho,

Moço de convés dos barcos

Aguadeiros da prefeitura de Macau.

Izan Lucena Lucena
Enviado por Izan Lucena Lucena em 08/09/2014
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