ENCONTRO CEGO
ENCONTRO CEGO
Hoje sou o silencio,
O porto isolado de mim,
O sim e o não em discórdia,
O penumbra e a luz no jardim...
A fresta da porta aberta,
O ruído do silencio,
O pensamente no leito,
A sonhar um sonho lento...
As palavras derretidas
Nas asas do tempo,
Destilando o tudo
Que ainda não vivi.
A inércia da pressa
A paz concreta...
No colo da saudade
Entrego minha vaidade,
Tiro a roupa de poeta,
E adormeço,
No teu medo,
Caminho cego
No teus olhos meigos...
Que esqueço até de mim...
Poesia Marisa Zenatte
* Direitos Reservados