Pausas e Perdões

o frio é um devaneio,

poético e insensível,

que faz desistir de encontrar o desconhecido,

é zumbido em coração enfurecido,

é o não perdão do ofendido,

olha-se ao espelho do inimigo,

amando e esquecendo o que é amor.

coração músculo travado,

a barba toda por fazer, grita:

-devo-lhes?

(nenhuma resposta aparentemente)

-mesmo assim contarei,

minha história sem perdão, nem pausas,

de pesadelos e insônias,

o que sofri e nunca ganhei,

eu sou pagamento de pecados.

Oh! Frio,que sombras me trazes?

a sombra do medo? da Morte?

que pulpitastes...

e uma pausa pareceu-lhes incorreta...

uma tosse ocorreu aquela exata hora,

perdoem-me...

e o poeta pausou o seu poema.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 14/05/2013
Reeditado em 14/05/2013
Código do texto: T4290063
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