PESPONTOS

Procuro palavras não encontro.

Encontro o traço dos pespontos...

Nossos caminhos...

Desfaço os traços....

Sobram o vincos traçados

Nas rugas do tempo marcados.

Sou sua história!

Você minha memória!

Não quero esquecê-las,

Nem apagá-las...

São o fio do labirinto do nosso ninho.

Amarrados, enrolados, presos no tempo.

Guardados, embalados, com muito carinho!

Do laço que amarra este embrulho,

Roeram-se as bordas do nó,

Gastou-se o laço, virou pó...

Restaram os pontos dos pespontos e só.

As amarras do ninho,tempo gastou...

Levou!!!

Restam entulhos...

Ainda me amarram!!!

Restos de nossa história.

Minha memória!!!

Pés... Pontos no caminho...

Eula Vitória

29/05/12

Eula Vitória
Enviado por Eula Vitória em 29/05/2012
Reeditado em 21/07/2012
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