Ecos.
Sinto vozes no meu mais profundo interior.
são gritos que ecoam no meu triste ser.
talvez por já não te ter,
não da forma como tenciono,
e parece, mais uma vez, que tudo não passou de um sonho.
E o que tem sido todo este caminho se não pedras da calçada,
em que eu caminho, descalça,
e me torturo, e acredito que ainda assim sou capaz,
de fazer com que não vás.
De que adianta, de facto, amar.
'Com todas as minhas forças e fibras do meu ser',
como tu próprio me fizeste querer,
como um dia quiseste escrever.
Mas a dor continua, e tu não voltas.
o amor dissipou-se e eu caí,
outra vez.
Acreditei que eras (e és) diferente!
Acreditei que contigo seguiria em frente.
E volto a cair,
e a perceber que nada faz sentido.
Que eu mereço este castigo,
que eu não devia ter direito a algo tão divino,
como aquilo a que chamam de vida.