o espelho

Fitando um belo espelho luzidio e cristalino

Atravessei-lhe os limites ,a procura de mim

Carecia,na ânsia,encontrar aquele puro menino

Contudo,perdia-me,em labirinto escuro sem fim

Aparecia ,oculto pelas sinuosas rugas,serio ancião

Olhar anuviado pelo viver,cansado,longo tempo...

Indagava,reticente,pela busca inútil ,mera ilusão

Admirei,aquela conhecida face por um momento

Sentindo um certo bem,porem,com traço de saudade

Deixando-me levar,qual veleiro,no mar de minha vida

Fui ter,assim, em uma linda,amena e pacata cidade

Ah!que alegria exultante,quando te achei,alma querida!

Em verdade,encontrei o que havia de melhor de mim

Sonhei,cantei as cantigas de minha infância passada

E percebi que a juventude de minh’alma não tem fim

Minha imagem refletida cerrou os olhos,descansada...